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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

NÃO SER, EIS A QUESTÃO...

ENQUANTO A DENGUE MATA, O MUNICÍPIO CONTINUA NO AR REFRIGERADO


Quarta, 16/02/2011
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A dengue hemorrágica fez a sua primeira vítima fatal que se tem conhecimento, em Ilhéus: a senhora Maria da Conceição Souza Duarte, 68 anos de idade, moradora do Alto da Conquista.

Enquanto a dengue está matando, o Município ainda não saiu do ar refrigerado.

O gestor municipal deve ser responsabilizado pelas vítimas fatais da dengue, porque não tem adotado providências no combate a esse mal.

O Comitê de Entidades Sociais em Defesa dos Interesses de Ilhéus – COESO, apresentou um Plano de Emergência de Combate à Dengue ao Prefeito e se disponibilizou para ajudar nas ações de combate ao mosquito aedes aegypti, no entanto, até agora, a população tem a inércia, o imobilismo, a preguiça e a incompetência do Poder Público, como resposta.

Sabemos que o Prefeito não inventou a dengue, mas contribui decisivamente para com o crescimento dos índices de infestação do mosquito transmissor, de um lado, porque não providencia tapar os incontáveis buracos que se espalham pelas ruas da cidade, onde se acumulam águas de chuvas e de esgotos, ambientes propicio para instalação dos focos, do outro, porque dispõe dos meios para combatê-lo e nada tem feito nesse sentido, com o agravante de desprezar a contribuição das entidades comunitárias e sindicais, publicamente manifestada.

É de conhecimento público que existe um grupo de agentes da dengue que deveria estar nas ruas, no combate ao mosquito, no entanto está executando outras tarefas em desvio de função.

É de conhecimento público que alguns agentes da dengue não estão recebendo vales transporte, sob alegação de que estão trabalhando dentro do bairro onde moram, todavia, estão cobrindo uma área extensa e adjacente, humanamente impossível de se ter bons resultados, já que estão cobrindo os trabalhos dos colegas que estão em desvio de função e, ainda, sem meios de locomoção.

Não bastando isso, o salário da Saúde constantemente atrasa. A insatisfação é geral.

O discurso de que as cobranças por ações efetivas contra a dengue são politiqueiras e visam derrubar os seus comandantes, caem por terra, porque, a nível nacional, o Município de Ilhéus está incluso no rol daqueles com alto índice de infestação, que pode sofrer uma epidemia e as soluções não passam de reuniões para resolver “futricas” internas, que ficam congeladas no conforto dos gabinetes com ar refrigerado.

Todos nós sabemos onde mora o mosquito transmissor da dengue, como ele se desenvolve, os seus hábitos, como, quando e os meios que utiliza para atacar.

Não combatê-lo com sucesso é antes de tudo incompetência e, sobretudo desinteresse e descaso, porque está em risco a vida da população.

Juntos, podemos destruí-lo, mas, embora juntos, os mosquitos já estão nos destruindo.

A Administração Pública de Ilhéus já sofreu todos os estágios de desgaste financeiro e político. Isso é um problema do gestor e dos seus auxiliares que serão responsabilizados oportunamente, caso comprovadas as acusações que lhes são irrogadas. Inclusive, há comentários de instalação de CEIs, boatos de prisões, dentre outras ameaças, que estão no campo das especulações. PODEM OU NÃO ACONTECER...

Entretanto, senhor Prefeito, não opinaremos quanto a permanência no cargo, ou não da sua equipe responsável pelo combate à dengue. Contudo, está provado pelo tempo que se anunciou a possibilidade de uma epidemia de dengue no Município, que nenhuma ação eficaz de combate foi realizada, porque a infestação do mosquito transmissor não reduziu e já fez vítima fatal.

O fato de não opinarmos em relação a sua equipe, não quer dizer que não nos mobilizaremos, porque, as razões que levaram a Administração Pública ao desgaste até aqui, apesar de afetar diretamente o dia a dia dos administrados, não tinha colocado em risco a VIDA da população. Agora a coisa é muito mais seria. O mosquito transmissor da dengue é democrático, posto que não escolhe cor, não escolhe religião, local, nem situação econômica da sua vítima. Assim, qualquer de nós, a qualquer momento poderá ser a próxima vítima da dengue.

Nesse contexto, cada um deverá defender o seu direito individual à vida e assim fazendo, estará defendendo esse mesmo direito em relação à população.

É preciso de uma ação emergente do Poder Público, colocando como prioridade, nesse instante, o combate à dengue, pois, o mosquito transmissor poderá ceifar a vida de outras pessoas, mas, não ceifará a vida de toda a população, que com certeza, em defesa à VIDA se manifestará publicamente.

Continuamos como um soldado de prontidão que aguarda a convocação do Comando para integrar ao exército que combaterá a Dengue.

Entretanto, se não for planejada nenhuma ação de combate, em caráter de emergência, desde já, nós colocamos para, também como soldado, empunhar a bandeira e nos integrar às fileiras do Exército que irá às ruas pedir pacificamente, o impeachment do Prefeito e seus auxiliares.

MORRER DE DENGUE É MORRER SEM RAZÃO, CONSIDERANDO QUE HÁ MEIOS EFICAZES PARA COMBATÊ-LA...

A VIDA É UM BEM SUPREMO...

Guardaembaixo

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