Prefeitura de Ilhéus paga salários a fantasmas
que desde que foram nomeados para os cargos mas não comparecem ao local de trabalho. De acordo com dados do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Ilhéus é um das localidades baianas com mais de 150 mil habitantes que menos gastam com a folha de pagamento de funcionários contratados sem concurso público.
Mas o município poderia economizar pelo menos R$ 240 mil por ano se não pagasse salários para contratados que nunca aparecem para trabalhar.
Pelo menos 10 pessoas em secretarias como de Governo, Administração e Assistência Social são suspeitos de receber salários sem fazer esforço. Há caso em que o contracheque é enviado por um amigo.
Na lista dos beneficiados estão dois nomeados pelo prefeito Newton Lima no dia 1º de maio deste ano. Um deles é André Santana Costa que, segundo o Diário Oficial Eletrônico, ocupa o cargo de “gerente de comunicação social da prefeitura”.
Com salário de R$ 1.365, o jovem passa a maior parte do dia distribuindo exemplares de um jornal diário de Ilhéus. Na outra parte do dia André Santana trabalha em uma gráfica do mesmo jornal.
De terça a sábado, sempre pela manhã, ele cuida da distribuição do jornal em Itabuna, como a reportagem de A Região confirmou. Em pelo menos quatro telefonemas, uma funcionária do jornal informou que o rapaz estava na cidade vizinha.
O “gerente de comunicação” não tem a mínima ideia de como funciona a estrutura de uma Assessoria de Comunicação. Ele nunca fez texto, como pode ser comprovado no material oficial distribuído pela prefeitura. Outro que não sabe qual é a sua função é Jackson Figueiredo de Freitas.
Turista
De acordo com o decreto assinado pelo prefeito Newton Lima, o contratado exerce o cargo de coordenador de gabinete da Secretária de Governo. Nomeado com o símbolo CC-III, Freitas leva para casa o salário mensal de exatos R$ 1.790.
Na secretaria, o “funcionário” é considerado um turista, que não aparece nem para pegar o contracheque. Ele recebe o documento em casa. “Na mesma secretaria, há outros casos de pessoas que recebem os salários sem trabalhar”, conta uma funcionária que preferiu não se identificar.
A reportagem tentou, através de telefone, falar com os secretários sobre a situação dos dois funcionários, mas não conseguiu contato.
De acordo com os dados enviados para o Sistema de Acompanhamento de Gestão de Pessoal do TCM, em janeiro deste ano a Prefeitura de Ilhéus gastou R$ 133.384,37 com a folha de pagamento dos contratados. O valor é 10 vezes menor que o gasto pela Prefeitura de Itabuna.
No primeiro mês deste ano Itabuna gastou R$ 1.026.673,62 com os 448 contratados, muitos dos quais não comparecem para trabalhar mas recebem o salário pago com o dinheiro do contribuinte.
que desde que foram nomeados para os cargos mas não comparecem ao local de trabalho. De acordo com dados do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Ilhéus é um das localidades baianas com mais de 150 mil habitantes que menos gastam com a folha de pagamento de funcionários contratados sem concurso público.
Mas o município poderia economizar pelo menos R$ 240 mil por ano se não pagasse salários para contratados que nunca aparecem para trabalhar.
Pelo menos 10 pessoas em secretarias como de Governo, Administração e Assistência Social são suspeitos de receber salários sem fazer esforço. Há caso em que o contracheque é enviado por um amigo.
Na lista dos beneficiados estão dois nomeados pelo prefeito Newton Lima no dia 1º de maio deste ano. Um deles é André Santana Costa que, segundo o Diário Oficial Eletrônico, ocupa o cargo de “gerente de comunicação social da prefeitura”.
Com salário de R$ 1.365, o jovem passa a maior parte do dia distribuindo exemplares de um jornal diário de Ilhéus. Na outra parte do dia André Santana trabalha em uma gráfica do mesmo jornal.
De terça a sábado, sempre pela manhã, ele cuida da distribuição do jornal em Itabuna, como a reportagem de A Região confirmou. Em pelo menos quatro telefonemas, uma funcionária do jornal informou que o rapaz estava na cidade vizinha.
O “gerente de comunicação” não tem a mínima ideia de como funciona a estrutura de uma Assessoria de Comunicação. Ele nunca fez texto, como pode ser comprovado no material oficial distribuído pela prefeitura. Outro que não sabe qual é a sua função é Jackson Figueiredo de Freitas.
Turista
De acordo com o decreto assinado pelo prefeito Newton Lima, o contratado exerce o cargo de coordenador de gabinete da Secretária de Governo. Nomeado com o símbolo CC-III, Freitas leva para casa o salário mensal de exatos R$ 1.790.
Na secretaria, o “funcionário” é considerado um turista, que não aparece nem para pegar o contracheque. Ele recebe o documento em casa. “Na mesma secretaria, há outros casos de pessoas que recebem os salários sem trabalhar”, conta uma funcionária que preferiu não se identificar.
A reportagem tentou, através de telefone, falar com os secretários sobre a situação dos dois funcionários, mas não conseguiu contato.
De acordo com os dados enviados para o Sistema de Acompanhamento de Gestão de Pessoal do TCM, em janeiro deste ano a Prefeitura de Ilhéus gastou R$ 133.384,37 com a folha de pagamento dos contratados. O valor é 10 vezes menor que o gasto pela Prefeitura de Itabuna.
No primeiro mês deste ano Itabuna gastou R$ 1.026.673,62 com os 448 contratados, muitos dos quais não comparecem para trabalhar mas recebem o salário pago com o dinheiro do contribuinte.
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