Editorial:
Não vou embora daqui
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Terça, 29032011
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Não tentem me convencer a sair desta cidade. Do que adianta trocar de lugar se não mudarmos a nossa forma de ver o mundo?
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Por pior que ela possa estar – e em alguns aspectos está mesmo – prefiro a luta ao abandono.
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Se o posto de saúde está ruim, que não me tire a dignidade de ter a receita de gritar por melhoria.
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Se a educação vive um quadro negro, que não me tirem o direito de apagar deste quadro os desmandos daqueles que não vêem nas letras a solução para o povo.
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É lamentável ver um cidadão (????) ocupar as páginas dos veículos de comunicação para dizer que está indo embora por que não está mais disposto a acreditar.
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Me pergunto. E posso até estar equivocado. Não me cabe julgar. Mas será que, de fato, este homem deu mesmo o seu melhor para construir uma sociedade melhor?
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Não, decididamente, não devemos fugir dos nossos sonhos...
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Ante ao silêncio que alguns preferem, quero ser a voz que destoa, os braços que não se cruzam e os dedos que apontam erros.
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E ter a humildade de, todos os dias, me olhar no espelho para saber onde tenho e posso melhorar.
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Não me chamem para aplaudir aos que desistem nem experimentar o amargor daqueles que deixaram de produzir esperança.
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Nem me olhem para admirar aqueles que comemoram a derrota.
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Eu vou ficar aqui...
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Não por que minhas raízes estão fincadas neste solo. Isso a gente até arranca.
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Mas por que, aonde eu estiver, saberei lutar pelos meus ideais, aplaudir aos que tentam acertar e combater o combate dos meus sonhos.
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Posso até perder a batalha...
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Mas jamais me sentirei um derrotado pela guerra.
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