Quinta, 27/01/2011
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A administração do prefeito Newton Lima está mergulhada em um mar de lama. Dá pra se contar nos dedos, de uma só mão, o número de secretários que não sofre investigação da Polícia Federal.
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O sistema municipal de saúde agoniza, a educação vai de mal a pior, a cidade está suja e obras estão paralisadas.
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Cada secretaria funciona como um núcleo de corrupção, sede de escândalos. O dinheiro público está sendo desviado descaradamente, sem parcimônia e qualquer tipo de escrúpulo.
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Os secretários brigam entre si. Alguns plantam notinhas em veículos da imprensa “alugados”, objetivando desmoralizar colegas de governo.
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O gabinete de um determinado secretário foi transformado em alcova, onde garotas de programa cumprem a ordem do chefe, em troca de “estágios”.
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O mesmo, tido como “homem de confiança” do prefeito, quando faz uso excessivo de álcool, faz questão de dizer: “o secretário que sair do governo sem 2 milhões na conta é um burro”.
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O cinismo rege a forma do governo lidar com o povo. O prefeito, fraco, omisso e leniente, desfila nas festas com sorriso estampado no rosto, sugerindo normalidade. Diante do que falam nas esquinas, a alegria dele está justificada.
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A câmara não faz oposição, finge. O lema é não cassar o prefeito, para que o vice não cozinhe outro “feijão com arroz”. Sendo assim, cada um tira o que pode, do jeito que der.
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Na câmara, o líder dos “insatisfeitos” é um empresário ganancioso e autoritário, que aluga ônibus velhos para estudantes pobres, às custas do dinheiro enviado pelo governo federal. Pesam sobre ele, duas auditorias que incriminam amigos e compravam a utilização indevida e irregular de verbas do SUS.
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O caos na saúde pública de Ilhéus tem culpados. Há documentação de sobra para corroborar esta afirmação. A Polícia Federal, a Corregedoria Geral da União e o Ministério Público Federal colecionam denúncias.
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Por outro lado, o ilheense típico, que corresponde à maioria, é um dorminhoco. Nada faz de concreto, a não ser reclamar. A crise é intensa, mesmo assim, o ilheense típico não esboça qualquer reação.
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“Só uma população corrupta é capaz de aceitar um governo corrupto”.
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Ilhéus claudica na emergência de uma intervenção moral (e policial) desencadeada por uma instância ou instituição superior. O quadro é digno de prisões em massa, com direito a algemas e camburões...
Gusmão
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