Sábado, 18/12/2010
Certos pedaços do mapa são o Brasil levado longe demais. Parecem condenados a ser tudo o que o país é, mas com maior intensidade.
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É o caso do Amapa. Se a política brasileira é pervertida, no Amapá a perversão tornou-se aberrante.
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Neste sábado (18), o Estado que José Sarney adotou como celeiro de votos depois que deixou a Presidência voltou ao noticiário.
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A Polícia Federal prendeu o prefeito da capital, Macapá. Chama-se Roberto de Góes (PDT).
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É primo do ex-governador Waldez Góes (PDT). Aquele que, pouco antes da eleição de outubro, puxou uma temporada de cana.
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Os Goés coabitam o mesmo grupo político do atual governador, Pedro Paulo Dias (PP), que também fez estágio na cadeia.
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Em comum, além da acusação de desvio de verbas públicas, une-os o laço de lealdade política a Sarney.
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O prefeito Roberto de Góes vai ao final da fila como o 19º personagem detido pela PF no Amapá. Prisão preventiva, ordenada pelo STJ.
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Será transferido para o PF’s Inn, em Brasília. Ali, será ouvido pela polícia e pelo Ministério Público.
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“Deus não joga dados com o universo”, disse Eisntein, para sustentar sua teoria de que existe um plano por trás de tudo.
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A física quântica já demonstrou que a matéria é menos lógica e previsível do que Einstein supunha. Porém...
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Porém, a tese do gênio continua valendo para o Amapá. Há método na ação da elite política do Estado.
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Há um plano por trás do descalabro. Consiste em levar a desfaçatez brasileira às suas últimas (in)consequências.
Josiasdesouza
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