Terça, 07/12/2010
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| Crédito: claudiopagodarcos.blogspot.com |
Em que reinado, por mais fragilizado que possa se apresentar, um Súdito bate de frente com o Rei sem que haja, pelo menos, a vontade do herdeiro natural da coroa e a participação efetiva daquela que se sente a própria Rainha da Inglaterra? Esta estória que contamos agora é a triste realidade de uma monarquia instalada em algum lugar deste planeta movida por interesses pessoais, traições, disputas reais e estratégias de rompimento e sucessão de poder.
Dizem que a Rainha não gostou do desempenho que teve recentemente junto aos seus súditos e estaria culpando o desgaste do próprio Rei pelo resultado pífio conquistado. Entende também que dificilmente o herdeiro da coroa terá chances daqui a 2 anos, quando tiver que enfrentar as urnas, tendo que estar ao lado do atual dono do objeto de desejo.
Daí, talvez, se explique o gesto revolucionário do súdito valente. Pode ser um pau mandado iniciando um processo de divisão fria e estrategicamente estudado. A missão: abandonar o rei à própria sorte.
Na hora certa, claro. Não precisa ser agora. Pode ser no segundo semestre do ano que vem.
Deixá-lo os últimos dias de vida sozinho, sem apoio. Vê-lo fragilizado cada vez mais é a certeza de que, do outro lado, os herdeiros da tão cobiçada coroa terão suas chances aumentadas, seu prestígio recuperado, sua história reconstruída.
Parecem acreditar que, longe dos problemas (muitos criados por eles próprios), pode valer a máxima do quanto pior melhor para poder conquistar os seus objetivos reais.
Essa estratégia lamentável pode valer o poder do reino.
Mas pode ser que também sirva para mostrar aos desertores que talvez eles sequer valham o tanto quanto aparentam pesar.
JBO
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