Lula adia ‘limpeza’ dos Correios por causa de eleição
Em tempo de disputa eleitoral, a dissimulação é o mais próximo que o político consegue chegar da virtude.
O pessimista dirá: Danou-se. E o otimista: Calma. Melhor uma integridade de mentirinha do que integridade nenhuma.
Tome-se o exemplo da ECT. Em priscas eras, a estatal de cartas era sinônimo de eficiência. Hoje, confunde-se com inépcia e gatunagem.
A encrenca evolui na velocidade da luz. Lula cogita demitir um mandachuva nomeado para os Correios em agosto.
Chama-se David José de Matos. Foi à presidência da estatal por indicação da ex-ministra Erenice Guerra, recém-defestrada da Casa Civil.
Junto com David, analisa-se a hipótese de mandar ao olho da rua o diretor comercial da empresa, Roberto Takahashi, também ligado a Erenice.
Muito bem. Feito o diagnóstico, por que diabos o governo ainda não fez a assepsia? Lula receia que a dança de cadeiras prejudique a candidatura de Dilma Rousseff.
Dito de outro modo: Para fazer a sucessora, Lula é capaz de quase tudo, menos de acomodar o interesse do contribuinte acima da conveniência eleitoral.
Escrito por Josias de Souza
Nenhum comentário:
Postar um comentário