Ele está de volta: Freitas reassume cargo falando em projetos para o governo
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Na semana passada, secretários e assessores municipais comemoravam a coragem do prefeito Newton Lima em afastar o todo poderoso titular da pasta de Serviços Públicos da Prefeitura de Ilhéus, Carlos Freitas, considerado pela maioria dos colegas como um dos principais "calos" da atual gestão. Alguns chegaram a afirmar que dificilmente Freitas retornaria ao cargo. "Se ele voltar, a gente sai", chegou a afirmar um influente político que apoia o governo.
Puro jogo de cena.
Sete dias depois, Freitas mostra a sua força - ou seria influência? - junto ao prefeito Newton Lima. Ele está de volta mais forte do que nunca. Frágil mesmo está o grupo que apostava na sua aposentadoria na vida pública. E pior: o piti dos que ameaçaram sair não foi sequer suficiente para que eles tomassem a decisão prometida. Faltou coragem? A equipe do prefeito Newton Lima continua com Freitas e com todos os descontentes também.
Na reunião de secretários da segunda-feira, Freitas chegou falando em projetos futuros. Um constrangimento para os que não queriam sua volta. Logo que informado sobre o retorno, o Jornal Bahia Online entrou em contato com os prováveis "demissionários" e perguntou qual era o caminho a ser tomado. PT e PSB foram as duas principais siglas que demonstraram publicamente irritação com a permanência do secretário de Serviços Públicos no cargo.
No PSB, partido do prefeito que ameaçou deixar a base, a conversa durante o dia de ontem era de que os seus dirigentes esperavam primeiro a reação do PT. "O correto neste caso não é o partido do prefeito pedir primeiro para sair. O descontentamento deve partir primeiro dos aliados", afirmou um dirigente, que pediu anonimato. Do lado petista, silêncio total, e um sinal evidente de que, no momento, a tese defendida é do "quem cala consente" até a hora de abandonar o barco.
De concreto é que Carlos Freitas volta a ser o responsável pela limpeza e iluminação pública da cidade com ou sem apoio da maioria do próprio governo. Para ele, bastou ter apenas o apoio do próprio prefeito. Enquanto isso, a população assiste, na arquibancaba, a história de vários governos dentro de um só governo, dirigido por um prefeito que parece não tem mais o comando do Palácio.
Bahiaonline
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