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domingo, 2 de janeiro de 2011

ESPERANÇA, AINDA QUE TARDIA...

SÓ SE FOR NA FRANÇA

Domingo, 02/01/2011
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“Com um Prefeito que se lixa e um Secretário que destrói praças, em vez de melhorá-las, só mesmo sonhando…com 2012, chance para defenestrar (defenestrar significa atirar pela janela) essa tropa de toupeiras”.
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Há mendigos na Champs-Élysées, em Paris. Não muitos, mas há. A maioria, imigrantes pobres. Alguns de países árabes, outros africanos (provavelmente Argélia e ex-colônias francesas da África, pois não perguntei a nenhum de onde era).
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Há também negros. A maioria ocupando o setor de serviços da economia. A população parisiense é majoritariamente composta de idosos. E, sim, há muitos brasileiros em Paris, a maioria turistas, aproveitando a forte valorização da moeda nacional e o bom momento da economia.
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Quase não se passa aperto com o idioma. Quase todos falam inglês, muitos espanhol e nos locais em que o turista costuma frequentar (restaurantes, lojas, monumentos e museus) sempre se arranha um português.
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Ao contrário da advertência que me fizeram, os franceses não são grosseiros. A maioria é bem educada e solícita. Alguns são impacientes apenas, mas aparentemente essa não é uma exclusividade deles. Não os achei sujos, como me falaram (será que também sou sujo e jamais percebi?).
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Ou seja: em matéria de amenidades, os povos se assemelham bastante, respeitando-se as diversidades culturais.
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Agora, sim: os parisientes fumam muito. E em qualquer lugar. Como os argentinos. O que qualquer brasileiro consideraria um absurdo. As carteiras de cigarros não possuem aquelas advertências que encontramos nas que vendem no Brasil, com imgens chocantes (hoje nem tão chocantes assim) de doenças e consequências do cigarro. Ponto para o Brasil.
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Eles, ao contrário de nós, amam e preservam os seus monumentos e a arquitetura dos seus edifícios. Não os enchem de publicidade vagabunda que acaba por encobrir a beleza da construção. Imaginem o Calçadão da Marquês de Paranaguá sem aquelas horríveis placas de estabelecimentos comerciais que encobrem toda a fachada de prédios que foram edificados durante o período áuero do cacau e sem a presença dos vendedores ambulantes… Imaginem o retorno aos seus devidos lugares dos dois leões de mármore Carrara que ficavam na Praça da Catedral…
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Mas não é só. De cada monumeno, é resgatada toda a História, e o local passa a figurar no imaginário popular e fazer parte da identidade nacional. E isso por menor que seja o local. E as luzes da cidade oferecem um atrativo especial.
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Por que não iluminar o Cristo da Praia do Cristo decentemente? Imaginem turistas à noite tirando fotos do Cristo ilumindo e da Praia do cristo revalorizada, comprando souvenirs miniaturizados do Cristo, chaveirinhos, camisetas e cartões postais de Ilhéus…
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Então, o turista segue para a praça da Catedral, onde poderá tirar fotos montado no leãozinho de mármore e comprar miniaturas da Catedral, dos leões e até do Pirilampo (carro mais iluminado do mundo), depois de tomar um sorvete no Ponto Chic, um Chopp no Vesúvio e experimentar o Chocolate Caseiro Ilhéus… Mas, então, a noite não pararia por aí. Continua-se a caminhada na iluminada rua Jorge Amado, para ver a Casa de Cultura, o Museu, o Teatro Municipal, passear pelos antigos edifícios da Marquês de Paranaguá iluminada, limpa e segura, atingir o Palácio Paranaguá, ver as estátuas de mármore Carrara da poetisa Sapho e de Inverno (importadas de navio pelo Intendente Mário Pessoa na década de 20), completamente revalorizadas por uma adequada iluminação. A Igreja de São Jorge iluminada e a rua calçada com pedras portuguesas por um coronel que queria casar decentemente a filha…
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E depois? É só isso? Ah, depois, o turista poderia assistir a um espetáculo no antigo Cabaré Bataclan (o Caberet Le Lido e o Moulin Rouge, em Paris, têm shows espetaculares com filas kilométricas e foram antigos Cabarés).
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Ainda há o Maria Machadão, para quem gosta de Som ao Vivo, ou um passeio pelo Outeiro de São Sebastião, para conhecer a Praça do Canhão, completamente revalorizada pelo Poder Público Municipal. Mas eis que estou sonhando. Fazer isso? “Só se for na França”, dizia um personagem do programa ”Escolinha do Professor Raimundo”, de Chico Anysio. Ainda mais sabendo que Ilhéus “só” tem cerca de 40 kilômetros de praias para ver durante o dia…
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Com um Prefeito que se lixa e um Secretário que destrói praças, em vez de melhorá-las, só mesmo sonhando…com 2012, chance para defenestrar (defenestrar significa atirar pela janela) essa tropa de toupeiras...

Israelnunes

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