HH pede ao PSOL que abra negociações com Marina
Terça, 20/10/2009
A presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena, sugeriu ao partido a abertura de negociação formal com a presidenciável Marina Silva, do PV.
A proposta foi feita à comissão Executiva do PSOL, que ainda não deliberou.
HH praticamente descartou a hipótese de disputar o Planalto em 2010.
Disse aos demais dirigentes do partido que, inviabilizando-se o acerto com Marina, prefere que o PSOL seja representado na sucessão por outra pessoa.
Citou o nome de sua preferência: o ex-deputado Milton Temer, do Rio.
A outra opção da legenda é Plínio de Arruda Sampaio, ex-deputado por São Paulo.
Ouvida pelo blog, HH disse que tende a comparecer às urnas como candidata ao Senado: “Quero que Alagoas tenha uma alternativa...”
“...Se o meu Estado quiser ser representado por pessoas como Collor e Renan, é um direito que ele tem. Mas quero oferecer uma alternativa”.
Vista como nome mais forte do PSOL para a eleição presidencial -encosta em Aécio Neves nas pequisas-, HH soa como se já tivesse descartado essa hipótese:
“Eu ser candidata à Presidência da República hoje seria puro mecanismo eleitoreiro. Nada haveria de compromisso programático e ideológico”.
Um pedaço do PSOL torce o nariz para a composição com Marina. A aversão é maior ao PV do que à senadora.
Amiga fraternal de Marina, HH recusa a tarefa de comparecer à campanha como opositora da candidata do PV.
“Não vou para uma campanha eleitoral para fazer uma disputa ideologizada com a Marina. De jeito nenhum”.
HH está bem-posta nas pesquisas eleitorais feitas m Alagoas. Figura como favorita na disputa de uma cadeira no Senado.
A despeito disso, afirma que não se deixa pautar pelo favoritismo. Ela evoca a eleição presidencial de 2006. Era senadora à época.
Tinha diante de si chances reais de ser reeleita. Para projetar o PSOL nacionalmente, foi à refrega presidencial sabendo que ficaria sem mandato.
“Se eu fizesse política pautada pela viabilidade eleitoral, não tinha voltado para a sala de aula”, diz HH.
Depois da derrota de 2006, a ex-senadora viu-se compelida a retomar o cargo de professora na Universidade Federal de Alagoas. Em 2008, elegeu-se vereadora.
Se dependesse apenas da vontade de HH, o PSOL se coligaria com o PV de Marina.
“Tenho uma amizade pessoal com Marina. Somos irmãs. Compartilhamos questões familiares e preocupações políticas...”
“...Ela me ligou antes mesmo de deixar o PT, para saber se eu seria candidata à Presidência”.
A proposta de formação de uma comissão do PSOL para negociar com o PV foi feita por HH há cerca de um mês.
Na quinta-feira (15) da semana passada, em nova reunião, ela reiterou a sugestão. Mas a Executiva do PSOL pediu tempo.
Deliberou-se que o partido só tomará uma decisão final em março de 2010. Algo que, na opinião de HH, não impede que a legenda se mexa.
O repórter apurou que o PV não cogita entregar ao PSOL o cargo de vice na chapa de Marina. Esse é um dos empecilhos.
O outro é o fosso ideológico que separa as duas legendas. O PV adota uma política de alianças que a turma do PSOL considera demasiado elástica.
Nos Estados e nos municípios, o partido de Marina participa de governos comandados pelo PSDB, pelo PT e até pelo DEM.
“O problema é que, quando a gente faz uma aliança, não é com a pessoa, mas com o partido”, afirma HH.
“Então, há no PSOL gente que faz uma crítica honesta e consequente e gente que se baseia na mera matemática eleitoralista...”
“...São pessoas que preferem a candidatura própria [à Presidência] para ter maior viabilidade eleitoral...”
“...Acham que, apoiando Marina, o PSOL não vai poder fazer aliança na maioria dos Estados, porque o PV já tem uma política ampliada de aliança”.
Hoje, diz HH, “ainda não há maioria” na Executiva do partido para aprovar uma aliança com Marina. A ex-senadora sublinha o vocábulo “ainda”.
E repete: “Se a opção for pela candidatura própria, defendo que o melhor nome para representar o partido é o do Milton Temer”.
A Executiva nacional do PSOL volta a se reunir no início de novembro, provavelmente no dia 7.
A proposta foi feita à comissão Executiva do PSOL, que ainda não deliberou.
HH praticamente descartou a hipótese de disputar o Planalto em 2010.
Disse aos demais dirigentes do partido que, inviabilizando-se o acerto com Marina, prefere que o PSOL seja representado na sucessão por outra pessoa.
Citou o nome de sua preferência: o ex-deputado Milton Temer, do Rio.
A outra opção da legenda é Plínio de Arruda Sampaio, ex-deputado por São Paulo.
Ouvida pelo blog, HH disse que tende a comparecer às urnas como candidata ao Senado: “Quero que Alagoas tenha uma alternativa...”
“...Se o meu Estado quiser ser representado por pessoas como Collor e Renan, é um direito que ele tem. Mas quero oferecer uma alternativa”.
Vista como nome mais forte do PSOL para a eleição presidencial -encosta em Aécio Neves nas pequisas-, HH soa como se já tivesse descartado essa hipótese:
“Eu ser candidata à Presidência da República hoje seria puro mecanismo eleitoreiro. Nada haveria de compromisso programático e ideológico”.
Um pedaço do PSOL torce o nariz para a composição com Marina. A aversão é maior ao PV do que à senadora.
Amiga fraternal de Marina, HH recusa a tarefa de comparecer à campanha como opositora da candidata do PV.
“Não vou para uma campanha eleitoral para fazer uma disputa ideologizada com a Marina. De jeito nenhum”.
HH está bem-posta nas pesquisas eleitorais feitas m Alagoas. Figura como favorita na disputa de uma cadeira no Senado.
A despeito disso, afirma que não se deixa pautar pelo favoritismo. Ela evoca a eleição presidencial de 2006. Era senadora à época.
Tinha diante de si chances reais de ser reeleita. Para projetar o PSOL nacionalmente, foi à refrega presidencial sabendo que ficaria sem mandato.
“Se eu fizesse política pautada pela viabilidade eleitoral, não tinha voltado para a sala de aula”, diz HH.
Depois da derrota de 2006, a ex-senadora viu-se compelida a retomar o cargo de professora na Universidade Federal de Alagoas. Em 2008, elegeu-se vereadora.
Se dependesse apenas da vontade de HH, o PSOL se coligaria com o PV de Marina.
“Tenho uma amizade pessoal com Marina. Somos irmãs. Compartilhamos questões familiares e preocupações políticas...”
“...Ela me ligou antes mesmo de deixar o PT, para saber se eu seria candidata à Presidência”.
A proposta de formação de uma comissão do PSOL para negociar com o PV foi feita por HH há cerca de um mês.
Na quinta-feira (15) da semana passada, em nova reunião, ela reiterou a sugestão. Mas a Executiva do PSOL pediu tempo.
Deliberou-se que o partido só tomará uma decisão final em março de 2010. Algo que, na opinião de HH, não impede que a legenda se mexa.
O repórter apurou que o PV não cogita entregar ao PSOL o cargo de vice na chapa de Marina. Esse é um dos empecilhos.
O outro é o fosso ideológico que separa as duas legendas. O PV adota uma política de alianças que a turma do PSOL considera demasiado elástica.
Nos Estados e nos municípios, o partido de Marina participa de governos comandados pelo PSDB, pelo PT e até pelo DEM.
“O problema é que, quando a gente faz uma aliança, não é com a pessoa, mas com o partido”, afirma HH.
“Então, há no PSOL gente que faz uma crítica honesta e consequente e gente que se baseia na mera matemática eleitoralista...”
“...São pessoas que preferem a candidatura própria [à Presidência] para ter maior viabilidade eleitoral...”
“...Acham que, apoiando Marina, o PSOL não vai poder fazer aliança na maioria dos Estados, porque o PV já tem uma política ampliada de aliança”.
Hoje, diz HH, “ainda não há maioria” na Executiva do partido para aprovar uma aliança com Marina. A ex-senadora sublinha o vocábulo “ainda”.
E repete: “Se a opção for pela candidatura própria, defendo que o melhor nome para representar o partido é o do Milton Temer”.
A Executiva nacional do PSOL volta a se reunir no início de novembro, provavelmente no dia 7.
Josiasdesouza
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