Lúcio Vieira Lima, o presidente da executiva estadual do PMDB, tem a resposta na ponta da língua quando acusam seu partido de ter traído o PT. Diz ele que o ex-aliado tem maneira bem peculiar de lidar com traições.

“Por exemplo, o PP em 2006 era aliado de Paulo Souto e se afastou do DEM para se juntar ao PT. Isso para os petistas não é traição, pois foi algo que os beneficiou”, afirma o irmão de Geddel.

Para alfinetar um pouco mais, ele lembra que, ao trazer para o governo figuras como João Leão e Roberto Muniz, o PT ainda “traiu” a companheira Moema Gramacho, prefeita de Lauro de Freitas e ferrenha adversária da dupla do PP.

Em suma, o peemedebista acha que, para o PT, traição só existe no momento em que alguém se afasta da legenda. Quando é para aderir, segundo ele, a manobra ganha conceito mais nobre.